O Começo da Vida, o documentário

Ano: 2016 ||Direção: Estela Renner ||| Origem: Brasil

Sinopse (x)
Um dos maiores avanços da neurociência é ter descoberto que os bebês são muito mais do que uma carga genética. O desenvolvimento de todos os seres humanos encontra-se na combinação da genética com a qualidade das relações que desenvolvemos e do ambiente em que estamos inseridos.
O Começo da Vida convida todo mundo a refletir como parte da sociedade: estamos cuidando bem dos primeiros anos de vida, que definem tanto o presente quanto o futuro da humanidade?

Entrei na Netflix e estava afim de ver algo diferente, mas não tão pesado do que aquilo que ando assistindo. Geralmente documentários mechem muito comigo, mas como eu ando numa vibe de ~minha nossa bebês são tão fofos~ e também sempre tive uma visão diferente de bebês e infância, justamente por sentir que eu sempre fui e muito silenciada nessas fases (todo mundo é, raridade quem não), não pensei duas vezes e comecei a assistir O Começo da Vida. 

É um documentário que mostra, em vários países diferentes e com todo tipo de diversidade que a gente imagina. diferentes modos de cultura e possibilidades, diversos ambientes... Mas o foco do documentário é como o afeto ou a falta dele acaba afetando na criação e desenvolvimento de ser humano em seu início de vida. 

É um documentário que relaciona o aprendizado da criança com o afeto e atenção que ela recebe nos primeiros anos de vida, sem contar que já foi constatado, que a fase embrionária também é muito importante. Tudo começa na barriga da mainha que está gerando aquela nova vida. O ambiente importa, o dia a dia da mãe importa (pois o que a mainha vive, o bebê vive; o que a mainha sente, o bebê sente). E ai o documentário fala de outro ponto importante: de quem irá cuidar dessas crianças. Não adianta a gente querer que a forma com que se cuida de crianças mude para melhorar sem a gente parar para prestar atenção aos pais daquela novo ser humano. 

É um documentário que não apenas fala do afeto, mas também de quem cuidará da criança, como também fala que a criança ela não é só a filha de uma mãe, ela também é filha de um pai, ela também é neta de alguém, ela também é vizinha de alguém. A criança é ainda hoje, tratada como se não fosse um ser humano ainda, como se fosse um peso, como se não tivesse vontade própria. É óbvio que ela ainda está aprendendo até as coisas mais básicas, mas isso não quer dizer que ela não compreende o mundo dentro daquilo que lhe é possível e também do que tornam possível para ela. E é nesse ponto que me senti tão contemplada pelo documentário. Defendem a ideia de que, gente: bebês são indivíduos! Coisa óbvia e que pouca gente entende.

É lindo uma parte em que uma mãe diz, o quanto criar uma criança é subestimado. Ela diz que: caramba, a gente tá educando a galera do futuro! hahaha Não é pouca coisa. Um adulto que tenha problemas de comportamento ou de conduta ou de moral, pode sim ter sido negligenciado em sua criação. Então cuidar e guiar um ser humano no início de sua vida é uma missão muito importante. E que ao mesmo tempo que vem sendo negligenciada por uns, tem sido reinventada por outros! O documentário é a prova disso e também tem umas mamães para se seguir no instagram que vai te deixar babando pra ser mãe. Pelo menos eu fico assim. hahaha Eu não me controlo.

Enfim. Seja você um doido dos bebês como ou sou ou não. Seja alguém que sempre quis curtir a maternidade/paternidade ou não. A gente vai querendo ou não, conviver com alguns seres humanos no início da sua vida. Então acho super válido e interessante tirar um tempo para assistir. Pois nós fomos aqueles bebês. Bebês é algo que todos nós fomos um dia. Então é um assunto que interessa a todo e qualquer indivíduo. Pois o começo da vida importa sim. Não é tipo "ah, eles nem sabem o que está acontecendo", é o contrário. Pois é nessa fase que eles analisam tudo e vão baseando a realidade deles naquilo.

Ana Débora, com carinho e gratidão

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