Destinatário: lembranças da minha infância


Das minhas melhores lembranças.

"Infância é o período de crescimento que vai do nascimento à puberdade, ou seja, do zero aos doze anos de idade.
Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, considera-se como criança a pessoa com até doze anos incompletos, enquanto que entre os doze e dezoito anos encontra-se a adolescência." (x)

Meu padrinho, eu lembro que ele era um cara engraçado. Ele era o mais simples. Ele deixava eu fazer tudo. Ele mesmo preparava a tinta para que eu pudesse pintar as paredes. Eu não gostava muito de biscoitos, mas o de marca mais simples e que ficava dentro da geladeira dele, eu comia com gosto. Minha irmã também. A gente morava numa vila que tinha um corredor enorme. Meu tio tinha um carrinho de mão. De doido que ele era, ele colocava eu e minha irmã no carrinho de mão e atravessa o corredor correndo com a gente. E claro, a gente se divertia que nem umas doidas!


Eu tinha dois caminhos favoritos para ir a escola. Eu gostava principalmente do caminho das flores e o da bicicleta. O caminho das flores geralmente se dava quando eu saia da casa de minha avó paterna, que ai íamos a pé e o caminho era repleto de cheiro de flores. Eu adorava. E sempre acabava com alguma florzinha na mão e a cheirando. É um cheiro que me traz bons sentimentos até hoje. O segundo estilo preferido, era quando um outro tio meu ia me levar. Não era o favorito dos adultos, mas eu adorava. Gostava do tio e do camelo. Gostava da sensação de liberdade, do vento batendo no rosto. Sensação parecida com a do carrinho de mão. Eu podia sentir o solo estando na bicicleta, eu podia sentir o vento, a adrenalina. Melhor do que andar de bicicleta é ser carregada em uma por alguém que você confia.


Eu lembro especificamente de uma cena, em que eu pedi para a minha mãe fazer uma atividade para mim. Era um desenho e não que eu fosse preguiçosa. Mas eu amava o desenho da minha mãe e eu amava a forma como ela fazia algo por mim. Eu sentia o cuidado e o afeto que a envolviam. E até hoje eu me lembro, de como aquilo aqueceu meu coração. Mais do que amar as coisas que ela fazia pra mim ou por mim, era o que estava por trás de cada ação dela: o amor.


Em um dos aniversários arrumados de uma parte da minha família, eu era vestida como uma princesa. E tinha um garoto que pra mim, naquela época, era como meu príncipe. A gente tinha a mesma faixa etária e sempre acaba acontecendo de ficarmos juntos nas festas. Durante minha infância, eu diria que gostei dele. Não aquele gostar sexual, amor mais puro mesmo. Duas crianças, logo, era tudo muito puro. Teve até uma festa em que estávamos brincando com as outras crianças, era algo que envolvia correr muito. E ele de terno e eu toda princesinha (hahaha) e ele segurou a minha mão e saiu correndo, me guiando. Foi muito, muito fofo. Eu adorava ele. Isso durou até o fim da infância, quando achamos que éramos primos. Mas depois eu percebi, que não, não tínhamos nenhuma ligação sanguínea.


Um dia de chuva. Eu já deveria ter uns dez. Minha melhor amiga, idem. Morávamos num condomínio que ainda se localizava numa área de expansão, não tinha muitas coisas por lá. Ele ficava bem no alto e era tão enorme que tinha duas aladeiras lá dentro. Quando chovia, acabava acumulando água em algumas partes mas logo elas desciam, visto que morávamos no alto. Assim, a chuva ganhava um fluxo constante no chão. Nesse dia, estávamos brincando de pular corda. Depois, mesmo na chuva, não paramos de nos movimentar. Começamos a passear as cordas na água enquanto corríamos. Depois, chegamos até a fazer barquinhos de papel e colocar na leve correnteza que ali se formava. Foi um dia e tanto. É tão bom tomar banho de chuva, escrevo com imensa nostalgia.


Ah, a infância. Eu fui uma criança muito animada e quebra regras. hahaha Mas eu era obediente, no geral. Apesar de gostar de questionar tudo e tals. Eu era educada. Claro que tem muitas outras lembranças, mas algumas coisas eu lembrava mais e tals, dai vieram parar aqui. Eu iria escrever mais, porém, não queria que ficasse tão longo. Eu iria colocar fotos da minha infância, mas não deu. Quem sabe num outro post? O lindo é que já se passou metade do desafio e tô aqui! hahaha

Ana Débora, com carinho e gratidão
me diz uma lembrança da sua infância?

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