Sobre asfalto, flores e aprendizado

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Resolvi ouvir coldplay, o que me deixou meio triste e então... Comecei a escrever.
Deixei meus pensamentos voando e meus dedos correndo soltos pelo teclado.

    Eu tenho um tipo de coração fraco, sabe? Meio minuto de uma música mais sentimental pode acabar com o meu espírito feliz e positivo. Me dá vontade de deitar na cama e choramingar por causa do céu cinza. Por qual motivo o concreto não tem cor verde? Cinza é tão triste, me lembra enterros.
    Por sinal, acho as flores sinistras. Elas são lindas, mas cheiram como a morte. Eu lembro do rosto dos mortos e a quantidade de flores espalhadas ao redor de seus corpos gelados, duros, imóveis. Uma cor de pele acinzentada, como o asfalto. Por quê não outra cor? Por quê nossos corpos não poderiam brilhar, ao partirmos?
    Eu pensei que suportaria mais. Mas eu sou afetada. Eu vivo reclamando de pessoas frágeis, mas eu até tenho um aviso em minha testa, que diz, cuidado. E são os meus olhos cabisbaixos que o dizem. Ou meus ombros sem muita confiança em relação ao que minha boca diz. E eu sempre pareço ser tão certa do que digo, tão radiante sobre o que eu sou. Nem sempre é só drama. Na maioria das vezes são infernos pessoais mesmo. Não é como se fosse difícil ser quem sou, só é complicado.
    Eu cresci forte. Mas demorei a tornar isso algo consiste. Saber se manter forte suportando a pancadaria dos outros contra você e não cuspir isso de volta na face de alguém, é algo difícil de se obter. Mas eu nunca deixei de tentar. Mesmo que eu gritasse sozinha quando colocava o som no máximo. Ou mesmo que eu passasse mais de hora chorando em um cômodo sozinha sem fazer barulho. Talvez você não entenda, me ache louca. Ok, nada fora do normal, no entanto.
    É que para a anormal aqui, a vida é aprendizado. É levar na cara e extrair o aprendizado disso. É a vida te dar uma rasteira e sorrir dizendo "ok vida, pode vim me ferrar novamente, tô pronta". Masoquista? Talvez. Mas já faz um bom tempo que eu prefiro levar o tapa do que levantar a mão. Pode bater. Eu vou te mandar boas energias depois que me libertar do que me causou. Vou escrever sobre isso. Chorar por causa disso. Mas eu vou me recompor. E você?

Ana Débora
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eu quase nunca vejo sentido no que escrevo, mas ok

4 comentários:

  1. Eu amo ler os que os outros escrevem, amo ler os sentimentos dos outros, assim como eu escrevo, acho perfeito, eu reflito >-<, O que você escreveu é profundo!
    Kissus
    Aozora Namida

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  2. Sempre que eu escuto Coldplay também fico meio down, pra baixo. hahaha
    Mas esse lance de levantar e se recompor, sem querer "levantar a mão" pra a outra pessoa que tenha te "machucado" mostra uma postura realmente bem madura, que veio de uma aprendizado mesmo.
    E é só vivendo, errando e caindo pra aprender mesmo. rs'
    Adorei seu texto!
    Beijos!

    http://perolairregulaar.blogspot.com.br

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  3. Uau! Esse texto me pegou num momento parecido... Transmitiu tanto sentimento nas palavras!
    Talvez eu possa ser masoquista também (?). Eu gosto de chorar. Isso me faz um bem e ao mesmo tempo me faz mal. Principalmente com músicas. E Coldplay então, já posso pegar os lenços!
    Eu adorei esse post. Apesar da tristeza sempre temos que nos recompor, buscar algo que nos faça totalmente bem. Mesmo depois de uns choros e de uns dias solitários.
    Beijos - http://otoemduvida.blogspot.com.br/

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  4. Eu tbm costumo ficar assim com algumas músicas, Coldplay é miha banda do heart rs, amo s2

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Obrigada pela visita e obrigada por comentar.
Comenta com carinho. *3* hahaha