Eu amo quem eu sou e não vou mais me desculpar por isso

SORRY NOT SORRY
i'm really not sorry. not anymore
*mas esse post é um desabafo, tá?*

Eu sempre fui uma garota na minha. Apesar de sempre ter sido uma senhorita de "língua afiada" e que não "respeitava" os adultos. Não é como se eu me achasse melhor do que os outros (tá aqui no blog pra quem quiser ler) mas sempre me senti muito bem com quem eu sou. Já tive os meus problemas comigo mesma, mas nunca achei ninguém melhor do que eu do mesmo jeito que nunca me achei melhor do que ninguém. Principalmente esteticamente falando. Ainda mais quando eu, quase durante toda a minha vida fui gordinha ou gorda mesmo. Eu já fui chamada de baleia. Mas mesmo quando eu era gorda eu não conseguia me olhar no espelho e realmente me odiar por aquilo, eu não conseguia me desprezar ou sentir nojo de mim. Pelo contrário. Eu entendia o que tinha me levado até ali e caso eu não gostasse, eu sabia que eu faria o necessário para mudar e então mudaria. 

O que eu quero falar nesse texto, é algo que passei ao longo da minha vida. E sabe, eu sempre me sentia culpada pelo fato de outras meninas - até meninos - se sentirem mal com o fato de eu me sentir bem com quem eu sou. Não já dizem que quando alguém brilha vão tentar apagar o seu brilho? Isso é um tanto verdadeiro. Infelizmente, há pessoas que não conseguem se sentir confortáveis com quem elas são e ai quando vê alguém bem com aquilo, por elas se acharem tão incapazes de um dia ter aquilo (por se subestimar), elas acabam te fazendo - ou ao menos tentando - te deixar desconfortável com o fato de você gostar de quem você é ou ao menos se aceitar como é. 

E isso é tão louco! É como se a culpa por ela se sentir mal fosse de quem se sente bem! É muito, muito injusto. Tem quem faça isso intencionalmente e tem quem não, mas no fim, a ferida é a mesma. E é pior quando esse tipo de sentimento vem de pessoas próximas, sabe? 

Quando eu era gorda, eu me acolhia. Quando eu ficava super deprimida ou após esse momento, eu me acolhia. Eu sempre escolho me acolher e me amar. Não tem haver com a parte de estar dentro do padrão ou não. Mesmo quando em algum aspecto eu não me amava, eu ao menos me respeitava! E não criava hierarquias e nem vivia de comparações. Sempre soube que não existe isso de "gramado mais verde é sempre o do vizinho" ou "o Universo está contra mim". Eu sempre escolho lembrar do que me levou até ali, eu sempre busco ser grata. Eu não tenho isso de graça e mesmo que eu tivesse! E ainda assim eu sempre me senti tão culpada cada vez que vinham com certos comportamentos para mim, sabe?

Lembro de que quando comecei a emagrecer, ouvi umas coisas super escrotas. E é cruel demais jogar a sua falta de auto-estima ou/e insegurança no outro. Muito, muito cruel. Pois há quem não ligue ou até jogue isso de volta pro outro, mas quando é alguém que se importa... machuca muito! 

Eu demorei muito para me acostumar ao meu corpo e a amá-lo como ele é. E antes de amá-lo assim, nunca detestei ou reprimi quem amava o próprio corpo. Ou pior: jogar o meu problema em cima da pessoa. Pelo contrário. Eu via aquilo e achava tão lindo e pensava "um dia eu vou me amar assim". Tem gente que se irrita com o bem do outro e tem gente que se inspira no bem estar do outro. Eu sei que inspiro muitas pessoas ao meu redor, assim como elas também me inspiram. Mas tem um pessoal que se irrita e faz muito mais barulho, sabe? Eles batem com mais força e frequência na mesma tecla. E eu sei que isso não é apenas comigo.

Eu sempre tentava, então, para conseguir ter meninas amigas (olha o ponto em que chegou a minha paranoia), não me destacar muito. Evitava certas roupas, certos batons, certos cuidados. Pois eu me sentia como uma ofensa. Como se eu gostar de quem eu sou, as diminuísse. Quase como se fosse um crime o fato de eu me amar. Aquela coisa de que, quem se ama, vira a pessoa que "se acha". Eu tinha que estar muito inspirada para não negar o meu desejo de usar uma roupa mais legal ou o batom mais forte. Depois de um tempo eu meio que larguei o foda-se pra isso mas ainda tinha uma certa culpa. Eu me culpava por me culparem. E sabe, caso você passe por isso, lembre que o que mais vale é o seu amor próprio e que quem não é capaz de te ver bem e feliz com você mesmo, não é alguém que vale a pena.

Alguém que sempre tenta te diminuir, que joga umas indiretas que sabe que vai te machucar (não tire por menos não) ou até diretas mesmo, que controla aos poucos o que você fala, que condena algum comportamento normal seu. Não tolere isso. Não é a sua culpa ela não se amar. É difícil pra todos nós conseguir o tão sonhado amor próprio. É uma luta diária de cada um. E se você sempre teve ou você conquistou, não deixe alguém levar isso de você ou menosprezar isso, só por ela não ter. Tá? É sério. Você merece todo o amor que tem para oferecer a si mesma.

E se você é a pessoa que faz isso, eu não sei nem o que te dizer. Apenas não seja escroto, tá? É difícil pra todo mundo. E a pessoa que se ama, ela não é metida. A pessoa que se sente bem com ela mesma, ela não é esnobe. Ela é apenas uma pessoa que se ama! Não condene alguém que tem algo que você queria ter, ao invés de ter raiva, se inspire nela. E não pense tão pouco de você. E parto da premissa de que quem tem raiva de alguém assim, é de que gente feliz e que se ama não se incomoda com alegria e amor alheio! hehe E cultive amor próprio ao invés de cultivar inveja a vida alheia. Se não for pra ajudar, faça um favor de não atrapalhar.

Eu sempre me desculpei. Eu sempre me senti culpada. Eu sempre evitei certas coisas. Mas eu não vou mais. Eu vou usar a porra da roupa que eu quiser, eu vou usar a merda do batom que eu bem entender, eu vou rir alto, vou fazer piadas, mas também vou falar sério e profundamente, vou fazer poesia, vou tirar fotos por horas e passar horas as editando depois. Sim, terráqueos ou nada terráqueos. Eu me amo. Eu me acolho. Eu me cuido. Eu me adoro! E não vou mais me desculpar por isso. Não vou mais me culpar por isso. E eu não vou mais deixar de fazer nada que eu queira fazer. Eu não quero mais saber de possíveis amigas que vou deixar de ter por isso, pois como disse uma sábia amiga minha "Aninha, elas não são suas amigas". Demorei, mas entendi!

Eu AMO quem eu sou e não vou mais me desculpar por isso. E não vou deixar mais ninguém sequer tentar me diminuir. O amor mais importante é o meu. O aceitamento mais importante é o meu. E só quero saber de quem for feliz e humano o suficiente para ser feliz junto comigo e para amar também!

xxx

Eu sei que eu posso estar, hoje, dentro do padrão (não totalmente, mas tô). Mas quando eu coloco no texto que não tem haver com padrão é que eu quero dizer que quem se ama e/ou se aceita como é, nem sempre é bem recebido. Pode até ser bem pior quando não se está no padrão e se ama. Ai é que as pessoas falam mesmo o tal do "ih, olha lá, se acha mesmo sendo...!". Se você se cuida, nem sempre você é bem visto. E eu, como boa trouxa, sempre cai nessa. Me culpava... E ai tentava me apagar, me diminuir. E deixava me diminuírem. Eu posso entender uma mulher que não tem auto-estima, mas eu não compreendo a mulher que joga esse peso, essa culpa, para uma outra mulher. Isso não é legal. Pra mim, toda mulher é uma diva. Tanto que o nome passado do blog era "Diva Pensante". Enfim... Depois de tanto me doar aos outros e não ter como me sustentar emocionalmente, eu percebi que não dava mais. Que eu me colocaria intencionalmente em primeiro lugar. É isso. Lembre que o melhor amor, é o próprio. E que seu melhor amigo, é você. O resto você e o Universo encontram depois. 

Ana Débora, com carinho e gratidão
é isso. e o resumo de abril vem aí. hahaha

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