Destinatário: a você, que eu tenho asco



Quando eu era mais nova e alguém pisava na bola comigo, eu falava. Depois eu fui ficando tão retraída e na defensiva, que deixei de fazer isso e quando olho pra trás (durante esse período de tempo), fico assustada com a quantidade de gente que não me respeitava ou que pisava feio mesmo na bola comigo e eu sempre relevava.

A carta inicialmente iria ser sobre meus medos e coisas assim, no fim eu só iria mais uma vez me depreciar e me desculpar por ser como eu sou, não em quesito de beleza ou amor-próprio, mas algo a nível mental e emocional mesmo. Era algo que tinha muito forte em mim (me depreciar) mas fui parando, parando e tô quase sem fazer. Não o faço mais falando para outras pessoas, mas ainda faço sozinha, me castigando. Mas tô parando. Um dia, vou postar aqui que parei com isso. E isso foi algo que me martirizou muito, na verdade, até hoje. Começo a escrever aqui depois de ter me irritado com uma certa pessoa por de fato ser tão arrogante (conhecido por ser assim, literalmente) e não ter dormido. Sim, tô escrevendo esse post pelas seis da manhã depois de ter sido vencida pela insônia.

A carta, é a seguinte:

"Na verdade, quando eu deixei de falar com você pela primeira vez eu te contei o motivo. O bizarro, é que depois de eu ter te perdoado pela pior coisa que alguém já tinha me feito, uns anos depois, você fez merda novamente (apesar de eu ter demorado mais uns anos pra descobrir sem querer, que havia sido você). Só que você ainda guardava muita, mas muita raiva de mim. Eu me pergunto se algum dia você me viu como amiga, pois eu juro que até hoje, eu não entendo. Por qual motivo você fez o que fez? Eu me pergunto. Graças a você não consigo confiar em alguém mais depois da primeira merda.

Quando você me conheceu, sabia dos meus problemas (claro que você nunca ligou pra eles, mas né). Mas depois de ter se mostrado minha amiga pela segunda vez, arrependida e tals, quando eu tive depressão bem pesada, você ligava pra mim rindo com suas amigas dizendo que eu deveria me matar. Eu descobri que foi você por ter salvo o número como "não atender" além de um outro, que também tinha sido salvo pelo mesmo motivo e também era você. A outra coisa horrível que já me fizeram, foi também você que fez. É muito cruel já ligar pra alguém e mandar a pessoa não apenas ir a merda, ou se ferir mas dizer a ela coisas horríveis e que ela deveria tirar a própria vida. Ainda mais quando a mesma tem depressão.

Eu morro de pavor ao pensar que você cursa psicologia. Que tipo de pessoa você é hoje? Eu te dei uma segunda chance e foi horrível. Se depois de quatro anos, naquela época, você não tinha mudado. Eu duvido que você seja alguém melhor hoje. Eu tenho um asco por você. Não que eu te odeie, apesar de você ter me causado tanto mau estar.

Mau estar na primeira grande mentira, mau estar em cada trote, mau estar quando eu descobri o primeiro número, mau estar quando descobri o segundo e percebi que apesar de dois números, era apenas uma pessoa tão sem luz que me perturbava. Me pergunto se você já me superou, mas importa? Só tente não fazer tão mau aos seus pacientes como você fez a mim. Eu apenas sinto muito por mim, ter conhecido você. E sinto muito por cada pessoa que convive com você.

É isso. Tente não infernizar mais ninguém."

E pra quem lê e quer ter noção, a primeira merda foi em 2007 e a segunda foi em 2011 e 2012, apesar de ter tido umas ligações depois disso também.

Escrevi a carta, pois vira e meche eu tenho vontade de tirar satisfações com ela. Meus pais quiseram ir na polícia na época do ocorrido, minha mãe quis ir depois quando eu descobri quem tinha sido. Uma amiga já mandou deixar pra lá pois ela deveria ser obcecada por mim e é perigoso cutucar ela novamente. Sabe aquele tipo de gente que faz merda e ainda fica com raiva de você por você não aceitar a merda? Pois é. Apesar de já ter tido uns casos dignos de novela mexicana ou drama adolescente dos grandes, sou feliz em dizer que tenho mais pessoas marcantes pra coisas boas do que ruins. Ou ao menos, escolho que me marquem mais.

Essa foi a carta mais informal e de certo modo não exatamente o formato de uma carta, apenas. Já que escrevo para vocês e não para ela, teoricamente eu deveria expor para quem lê aquilo que eu não enviaria, então resolvi expor dessa forma. E eu não sei não explicar cada coisa que eu decido fazer. Aquilo de sempre. E eu ia colocar não apenas pra ela, mas pra todo mundo que já tinha me magoado. Mas desisti, pois já havia citado a maioria aqui no blog, ai ia ficar repetitivo e ao meu ver, emocionalmente pesado demais, sendo que o último post não foi leve. Então resolvi deixar assim.

Ana Débora, com carinho e gratidão
quando a merda for grande: nada de 2ª chance

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