Ela (her), o filme

NOTA: 4/5 I ANO: 2013 I CENSURA: +14

Eu estava maluca pra ver esse filme. Sério, maluca. Desde que eu vi o pôster com as feições desse moço bem comum, sem nada de especial. Mas com um dos olhares mais tocantes do mundo. Eu achei. E ai começou a loucura. Só que não gostei tanto assim do filme como pensei que gostaria. Quer dizer, tem diálogos perfeitos. Tem esse ator incrível. E mesmo o filme tendo várias mensagens para passar... me deu sono.


Eu achei que ia achar bonito essa coisa de amar algo diferente. Sei lá, quem raios se apaixonaria por um computador? Na verdade, é bem medonho. E denuncia algo que já vivenciamos hoje. Nós mergulhamos na tecnologia e esquecemos de todo o resto. Estamos ficando acostumados ao que faz as nossas vontades e rápido. E o relacionamento com outras pessoas não é bem assim. É demorado e não é sempre como queremos. É como, de repente, o seu celular ganhar uma voz que te diz basicamente o que você quer ouvir. É muito comodismo, não? Mesmo que a sua vida esteja uma merda. 
    
Também vi aquela voz, como a voz que nós mesmo deveríamos possuir. Geralmente nos desencorajamos e não o contrário. Nos reprimimos, ao invés de querer nos jogarmos. Acho que o filme vai ter uma interpretação pra cada pessoa. Vai depender da realidade de cada um, também. Pra mim ainda não é algo tão presente, pois quando saio com amigos, ninguém fica grudado o tempo todo no celular. Conversamos e tal. E eu também nunca fui viciada em um, como se minha vida dependesse daquilo. Eu acho que o filme mostra como estamos emocionalmente vulneráveis. Frágeis. Capazes de nos apegarmos a qualquer coisa que possa nos salvar. 


O personagem principal é um escritor, que por sinal, é fantástico. Eu compraria o livro com as cartas dele, sem dúvidas. O mesmo saiu de um casamento e ainda não sabe lidar muito bem com o rompimento. E é em meio a tudo isso, que ele compra o sistema operacional com inteligência artificial. Mas há alguns outros personagens também. Mas é basicamente isso. Eu achei que o filme ia me inspirar, mas... sinceramente, só me fez ver com um olhar ainda mais pessimista sobre os homens. Mas é um filme que vale ser visto! Que deve ser. Super recomendado!


SINOPSE: Escrito e dirigido por Spike Jonze, ELA se passa em um futuro próximo na cidade de Los Angeles e acompanha Theodore Twombly (Joaquin Phoenix), um homem complexo e emotivo que trabalha escrevendo cartas pessoais e tocantes para outras pessoas. Com o coração partido após o final de um relacionamento, ele começa a ficar intrigado com um novo e avançado sistema operacional que promete ser uma entidade intuitiva e única. Ao iniciá-lo, ele tem o prazer de conhecer "Samantha", uma voz feminina perspicaz, sensível e surpreendentemente engraçada. A medida em que as necessidades dela aumentam junto com as dele, a amizade dos dois se aprofunda em um eventual amor um pelo outro. ELA é uma história de amor original que explora a natureza evolutiva - e os riscos - da intimidade no mundo moderno.


Ana Cruz Lua
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seja o seu próprio ela
e não refém dela

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