Sobre Março de 2016

meu companheiro fiel de março 
mentira, de sempre

Tem vezes que a vida nos desafia. Algumas vezes, encontramos em nós mesmos o nosso próprio desafio. Por mais que eu tente culpar o mundo, as coisas como foram acontecendo, eu não posso culpar cada pessoa por cada escolha que ela fez (ainda que fosse a passividade), apesar de ter raiva, não criei esse blog pra mentir, mesmo que não seja exatamente seguro escrever aqui. Mas se formos pensar, sentir também não é seguro, né? Nem viver. 

E estamos aqui. 
Estamos vivendo. 
Estamos sentido. 

Eu parei pra me perguntar, o que leva a alguém gostar do meu blog. Ai lembrei que tem um blog que eu adoro ler, pois ela narra uma vida tão similar com a minha. Com seus altos e baixos, momentos de raiva, momentos de achar graça. E eu suponho que você que tira um tempo pra ler algo que escrevo por sentimento/motivação similar. 

Enfim. 

Março foi uma morte dolorosa. Silenciosa. Como elas sempre são pra mim. Eu sou um ser em queda livre ou ascensão brusca que possui uma expressão suave no rosto. Minha mente pode estar em ebulição, um pensamento atrás do outro e num ritmo alucinante e eu fico com aquela cara de quem está chapada. Mas o que me deixa anestesiada é isso mesmo, é esse fluxo de pensamentos que parecem não cessar. 

~ e depois vem escrever no blog ~

Mas foi um mês, onde eu também senti mais e fiquei confortável com isso: o sentir. É um rumo complicado sentir tanto e querer ocultar tudo. Eu vivi fazendo isso, sabe? No início me tornou bruta, depois, me tornou imensamente frágil. Depois eu percebi que aceitar e libertar isso me tornaria leve e mais forte. Apesar de toda a angústia que venho sentido, todo desconforto sem saber de onde vinha (que de certo modo, foi resolvido hoje, graças a minha pessoa*), eu tenho me aceitado mais. Eu venho me tornando uma nova pessoa. Eu me apego até mesmo ao que não me faz bem, ao que não me acrescenta. Me deparei com muitas pessoas egoístas em minha jornada.

Pausa no textão resumo mensal pra umas selfies: 

 muito dente na boca da mãe e muito olho na cara do filho - eu no tédio

 depois de ter tirado a maquiagem com desmaquilante, uma das minhas sensações favoritas; você sente a pele voltar a respirar - eu feliz

não parece, mas essa sou eu no meio de uma pausa das minhas choradeiras - eu triste

Fim da pausa. Volta do textão.

E essas pessoas foram sendo retiradas da minha vida. Hoje, eu percebo a importância delas terem ido e o que significou. É engraçado ser como eu sou: quando não confio ou desconfio, eu percebo nitidamente as intenções da pessoa, sabe? Ai quando eu resolvo confiar, eu meio que desligo isso. Ai chega a criatura egoísta, usa e abusa da minha boa vontade e quando não pode usufruir mais, vai embora (aliás, hoje tô agradecida) e depois, como todo bom manipulador, tenta te culpar pelo próprio comportamento que o próprio adotava. Tem gente de penca assim, no mundo afora. 

Mas é o ser humano e ele não precisa fazer sentido, não é mesmo? hahaha Nem raiva tenho mais, me sinto aliviada. Fiquei assustada "mas quanta gente egoísta é essa?", mas depois percebi quem ia ficando. Ai bate o alívio, de verdade. Antes eu iria ficar indignada, hoje eu sei que é o esperado. Acredito no melhor do ser humano, mas esperar o pior é o recomendável. Acreditar e ter expectativas são coisas bem diferentes. Pois então, depois de ver o nível de egoísmo e de manipulação, me sinto agradecida. Sou péssima em deixar ir. Então obrigada por ter ido. Mas olha, eu também tenho pessoas maravilhosas em minha vida, que eu guardo no local mais bonito da minha alma. 

Uma delas, conheci no Ensino Fundamental. Ela se formou, gente! hahaha Não estamos em nosso melhor na foto abaixo, mas, né? Eu sou uma pessoa meio distante, então ela nem deve saber o quanto eu adoro ela. Fiquei tão feliz por ela ter concluído mais uma etapa em sua vida! 


Eu percebi agora, o quanto eu precisava passar por isso. E talvez, ainda continue precisando. Sabe o motivo? Eu só iria realmente prestar atenção em mim se eu sentisse a urgência daquilo. É como eu sou. Por isso que eu já atrai tanta gente com mais sombra do que luz pra mim. Sou uma mãezona, que adora acolher, principalmente quem não merece. Mas essa fase chegou ao fim. Tem quem queira ser fênix, mas poucos entendem o que é sentir algo tão forte para morrer e renascer depois. Trocar de pele não é bonito. Sabe o que é? É doloroso. E essa frase vem de uma plutoniana. 

Eu estou morrendo na mesma medida em que estou renascendo. Essa é a Ana Débora criança e adolescente se tornando uma adulta. Essa é Ana Débora construindo um ser mais forte do que qualquer dor e qualquer trauma. Tem quem queira tachar isso de loucura. Mas isso é viver, isso é sentir, isso é ser uma pessoa! Eu escuto meu riso, mas eu também escuto meu grito, meu choro. Eu não abro mais mão do plano de ser humano que eu pretendo ser. Não quero ser perfeita, mas eu quero ser o meu melhor, a cada dia. Mesmo que em alguns dias, eu chute o balde e preciso de alguém que me ame pra me colocar de volta ao meu rumo. Mas quem é que não precisa? E deixo aqui o meu agradecimento especial as pessoas que me amam e não desistem de mim. 

finalizo com essa soneca gostosa de Espoleta que sempre me dá umas invejinhas do bem 
não tão do bem quando me junto a ele hahaha

E o óbvio que o ser humano esquece:

*Minha pessoa é uma expressão utilizada na série Grey's Anatomy, entre as personagens Cristina e Meredith. Só quem vê a série vai compreender. 

Ana Débora, com carinho e gratidão

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