The OA, a série


Eu acabo pontuando uns pontos da narrativa, você pode acabar considerando isso spoiler. Aviso dado! 

Parece que eu só resenho séries da Netflix, não é mesmo? hahaha Mas quero tomar vergonha na cara e resenhar mais coisas por aqui! Tenho assistido cada série maravilhosa! Precisamos melhorar por aqui. hehe Enfim...

Eu não ia assistir The OA, pois tive a mesma impressão que rolou com ST: "vixe, é bad vibes demais" e passei direto. Mas tenho umas amigas que me fazem mudar de opinião. No caso de The OA, bastou jogar um "ah, tem uma parada com anjos". ANJOS? VOCÊ DISSE ANJOS? Já tava eu lá assistindo, claro. Gosto de anjos sem saber o motivo desde que eu sou guria. 

Comecei a assistir e quase desisti pois a minha expectativa não tava dando com a realidade... não vou mentir. Eu achei que ia ser algo mais bonito, filosófico e coisa do tipo, mas The OA leva para o lado científico da coisa, o lado horroroso do ser humano e ai eu fiquei "ai pelos deuses não quero mais", mas eu continuei assistindo. Depois que eu vi uma crítica sobre a série, percebi que já havia assistido um filme dos mesmos escritores/produtores, entendi o motivo de The OA ter sido do jeito que foi. Pois o filme que eu vi deles, tinha a mesma ~vibe~.


The OA tem três histórias dentro de uma. Você não sabe de nada e vai sendo introduzido aos poucos e ainda assim quase nada é respondido. Ficou perdido com Sense 8? Assiste The OA. hahaha Quando você acha que começou a ter uma luz, volta a ficar no escuro novamente. Sabe aquela coisa de "não achei que ia ser otário, mas fui otário"? Bem isso. 

Então The OA é recheada de histórias tristes e com uma ambientação pesada. É tudo muito melancólico, nostálgico, as cores são fracas. E fala muito sobre família, laços familiares ou a falta deles. Eu percebi como tema central da trama também. Além de falar sobre a vida, a morte e o intervalo entre a vida e a morte. Expõe, mas não explica. The OA é beeeem essa linha de raciocínio. hahaha

A série possui uma narrativa em terceira pessoa, é tudo pela visão da OA. O bom de uma narrativa assim, é que você sabe como ele se sente e como ele vivenciou aquilo. O ruim é que você sabe só isso mesmo, o lado único e exclusivo de uma personagem. Além da ambientação ser bem científica. e o mundo científico é bem engessado, rígido. Dá pra sentir isso. Eu particularmente sinto gastura desses ambientes.

A gente vive num mundo que acreditar em algo que não é "racional" meio que te faz "averso" à ciência. Aquela velha e insustentável briga... Mas e quando a ciência resolve estudar justamente algo invisível? Algo que a racionalidade humana ainda não alcançou? De um jeito meio torto, né. Mas foi justamente esse caminho torto que levou as pessoas certas a estarem unidas em determinadas situações, ainda que não fossem boas.


Então... vale ou não vale a pena assistir The OA? Olha, eu diria que sim. É diferente de tudo que você já viu, muito provavelmente. Então já vale a experiência de curtir algo novo. Além de quê, tem esse mix de ciência e ocultismo/misticismo. Tem essa coisa de: existe vida após a morte? Quando morremos de fato? Existem outras dimensões?

É uma série super viajada. Se você é do tipo que adora questionar de onde você vem, o que significa estar onde você está, o que seria de fato real ou não... recomendo que assista. The OA é uma série com uns significados bem espirituais, a dupla que produziu a série ama esse tema, os trabalhos deles são sempre voltados para temas desse tipo. Então tem gente achando que tudo um surto da OA, mas eu acredito que não. Nem teria graça, né? Imagina o monte de coisas legais que podem ser exploradas com tudo o que ela contou! Se fosse só da cabeça dela, seria só mais uma visão ~bad vibes~ da nossa realidade. Imagina que merda se Harry Potter fosse ele num coma? Vocês me poupem de ter uma vibe ruim dessas, credo.

E outra, tem gente que acha que ela é uma pessoa fora da realidade só por ter tomado remédios controlados, pra você, o que seria loucura? É outra questão a se pensar, viu? A série toca nesse quesito de saúde mental também. A OA fala do "eu invisível", isso pra mim nada mais é do que quem a gente é de verdade. A gente é aquilo que não vemos, aquilo que não tem nome. Mas está lá. Você sabe o que é? Uma série viajada para uma pessoa viajada... se me colocarem com as pessoas certas pra conversar a viajem não acaba nunca. hahaha

"existir, é sobreviver as escolhas injustas"

Eu não tô criando milhares de teorias em minha cabeça, a não ser acreditando na OA. Eu quero mergulhar nesse mundo dela de cabeça e de mãos dadas com ela. A segunda temporada já está escrita, então fico aqui no aguardo pelas possibilidades que estão por vir. Até seja lá aonde você estiver, OA.

E você, já assistiu?

Ana Débora, com carinho e gratidão

2 comentários:

  1. Vou confessar que li o texto por cima (principalmente a parte do vale ou não vale?), porque não queria ler possíveis spoileres, como você avisou de antemão. Salvei a série na lista, mas ainda não tinha me motivado a assistir.

    acho que agora é hora.


    beijo meu,
    Mafê

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    1. Que bom, então o propósito do post se cumpriu! :D
      Outro beijo pro'cê, Mafê.

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