Dos desafios da vida

mas vou ficar, pois isso não é sobre mim
*fiz umas modificações no texto, acho que vou acabar o tirando do ar*

E tudo se repete novamente. Como alguns anos atrás... Eu falei no post dos amores platônicos famosos que conheci Harry Potter quando em uma época eu estava ficando sozinha em casa. Eu era realmente criança, tinha uns setes anos. Mas já era muito, muito esperta. Sabia me virar sozinha. Minha irmã teve traumatismo craniano e passou um bom tempo internada. E eu estou escrevendo isso pois algum tempo depois, tudo voltou. Eu penso que não é tão ruim assim, já passei por isso antes. Mas as dores parecem doer mais quando a gente cresce. A inocência da infância é o do que eu realmente sinto falta. Sinto falta do esquecer tão fácil. Do acreditar tão certeiro. Assistir algum filme agora não parece tão divertido. Mas eu estou tentando lembrar de como foi passar por isso na infância e me agarrar nisso. Pois nesse caso, a minha criança é muito mais sábia do que a minha adulta. É por isso que eu adoro crianças. Elas são tão mais espertas. Eu já fui tão mais esperta mesmo sendo tão inocente...

Vale ressaltar que ela não sofreu nenhum acidente grave. Ela retirou um tempo para ela mesma, vemos desse modo. Quanto a mim? Penso que ter um Plutão tão forte como tenho em meu mapa natal deve me ajudar em alguma coisa, no fim das contas. Então tenho que usar essa força ao meu favor. Não para destruir-me, mas para ajudar a construir. Tenho oito gatos e um cachorro para alimentar e dar atenção e isso já me faz mais forte. Eu lembro a mim mesma do número que já sou de acordo com os humanos: 20. Isso deve valer alguma coisa, repito a mim mesma o tempo inteiro. Você já é adulta, isso deve ser algo. E eu já estou começando a questionar isso. Não o fato de ser adulta. Mas quem foi que disse que os adultos suportam tudo sozinhos? Isso sim é que não faz sentido. Não são as crianças que são estúpidas, é o contrário. E agora eu sei mais do que nunca.

O que me resta é ao menos não atrapalhar. E o melhor seria, poder ajudar. Estou trabalhando nisso. Estou tentando não pausar a minha vida, como falei, estou focando em não me destruir mas em ajudar a construir. Sou boa quando se trata em cuidar dos outros, então foco nisso. Ao contrário de muitos, ainda com uma vida tão turbulenta assim, eu tenho tempo para agradecer. Agradeço por ter forças e por estarmos tendo a chance de lutar. Há aqueles que nem isso tem. Há os que só reclamam. Há os que somente guardam o rancor. E eu guardo o belo, não reclamo e procuro multiplicar o melhor. A vida sempre me desafia, mesmo que não seja diretamente. Pois quando se trata de família, não sei fingir que não me importo. Mas o que resta aos fortes? Serem fortes. Então eu continuarei sendo o que sou. E acreditando que só chegará ao fim, quando der certo. E eu sei que os que se importam, eu nem preciso pedir para olharem por nós. Eles já estão fazendo isso! 

Ana Lua, com carinho, aflição e esperança
sobre ser um unicórnio: Ruído Artístico

2 comentários:

  1. << Não gosta de crianças.
    Bem, sim, já fui criança, mas mesmo nesse tempo não me dava muito bem com elas.

    Engraçado, não sinto falta de ser criança. Sinto falta de não ter responsabilidade e nada a escolher, acho que por isso pensamos que elas são mais sábias, porque por elas estarem em fase de aprendizado são mais observadoras e tem mais tempo pra escolher, e quando escolhem continuam naquela opção porque geralmente não pensam no "e se"?

    Quanto à sua irmã, sinto muito, eu não sabia.
    Sabe, eu sempre fui do tipo que aguenta tudo sozinha, desde criança. E, ao contrário de muita gente, não vejo isso como algo ruim, porque faz parte de mim. Mas eu vejo como que para alguns dos meus amigos isso tá sendo uma grande porcaria pra eles, que estão começando a tentar agir assim, e, tipo, não é a praia deles, dá vontade de falar: "Fera, se num consegue, num tenta, fala com a gente como antes", mas sei lá, acho que ficaram orgulhosos de uma hora pra outra.
    Minha vida tá numa pausa total. Faço nada da vida, literalmente. Vou começar aula de dança o próximo mês até o fim do ano, porque o próximo, já sabe, cursinho de manhã, de tarde e de noite #JáMorri.
    "Então eu continuarei sendo o que sou. E acreditando que só chegará ao fim, quando der certo. E eu sei que os que se importam, eu nem preciso pedir para olharem por nós. Eles já estão fazendo isso! ♥"
    Que frase linda.
    Na moral. Bem, eu sempre estou enviando vibrações ♥+♥ para ti, pra Lola, pra Lari, mesmo eu sendo um shadowkhan que some... sorry...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Tudo bem! Faz parte. hahaha

      Eu também não sinto. kkkkk Mas sempre são responsabilidades. Eu vejo de um modo diferente. Eu acredito que o adulto se impõe as coisas de uma forma que ele mesmo não suporta. Eu estou começando a ver tudo de uma perspectiva diferente, então não vejo mais dessa forma. Para cada fase, há as suas responsabilidades, dificuldades... E pra mim, é na fase adulta que mais começamos a fazer idiotice. Justamente por nos afastarmos daquilo que realmente somos. Quando crianças, não tememos. Quanto mais velhos, mais temerosos.

      Aos poucos, ela vai se recuperando! Aguardando o dia em que farei post com "ela está bem"! hihi

      Eu também sempre fui assim. E provavelmente, continuarei sendo. Há coisas que nunca mudam, em nós. Eu só vejo algo como ruim, seja o que for, caso isso prejudique alguém. Exato, estão virando adultos. Quanto mais velho, mais burrice faz. hahaha E na verdade, não é bom suportar nada sozinho. É bom ter alguém pra dividir, isso poupa-nos um bocado, de verdade.

      Boa aula! Dança é uma das maravilhas que existe no mundo! <3 Qualquer arte, na verdade. Boa sorte com o cursinho! Muita energia, pois é cansativo pra pega. Mas vale o esforço.

      Obrigada! *-* Sempre te desejarei o melhor.

      Excluir

Obrigada pela visita e obrigada por comentar.
Comenta com carinho. *3* hahaha