Do casulo às asas: sobre sumir

e sobre pessoas, internet e filosofar. sobre amar cada pedacinho nosso também

Eu sumi da internet, a não ser claro, do tumblr (aquele link que deixo no final dos posts). Na verdade se tem um lugar onde me escondo é por lá, comecei em 2010 e não sei o que significa deixar de ir lá quando me isolo do mundo. O máximo que consegui ficar longe dali, foi menos de uma semana. Mas, tirando o tumblr e o youtube (já disse que vivo lá desde sempre, né?) eu sumi. Zero interação. A não ser uma ask, no tumblr. E que post repetitivo.

Eu sou uma pessoa que some. Sim, meus caros. Eu sumo. Deixo de dar sinal de vida. E não é pra me procurar, é pra me deixar sozinha mesmo.

Eu sou introspectiva. Apesar de ter um bom humor maravilhoso, falar e rir alto, ser toda "não ligo se estão olhando", eu sou uma pessoa que sente necessidade de ficar sozinha e não acompanhada para voltar aos  eixos. Eu ando com tantas coisas em minha cabeça e dessa vez, não os problemas em si, mas a mudança interior, a reforma interior, tem me consumido o bastante pra me fazer sumir pra espairecer. 

Ainda por cima, dia 10 mandei parabéns pra uma garota que para sempre considerarei a minha amiga, mas eu não esperava um retorno. Digo isso pois lembro que, uma vez, mandei um parabéns lindo de todo o meu coração e nem ganhei um like como sinal de retorno. Nada. Nem um "some de vez da minha vida, não volte". Então mandei algo, com medo. Mas pequeno. Dai o ser vai lá e responde. Eu não esperava por aquilo, foi um susto. Dai sumi do facebook. Sumi mesmo. Uma semana hoje que não entro lá. Deixei até de parabenizar uma outra pessoa que não me dá retorno, mas vai que mandava eu aparecer também? As pessoas são surpreendentes. Algumas vezes eu não sei lidar com coisas que não estão em meu controle. Pessoas é uma delas.

Sumi do blog por estar com medo de postar. Pois é. Ando meio paranoica sobre não responder comentários na hora certa, sobre procrastinar muito a respeito disso, deixo abas abertas por dias pra comentar... leio o post x vezes, mas não comento. E ando tendo receio de ser mal interpretada pelo escrevo, pois venho sendo. Então fico naquele sei lá. O projeto do casulo às asas tem sido destruidor, mas ando construindo pouco acima daquilo que já derrubei. O novo precisa dar lugar ao que já deixou de ser, sabe? E eu estou falhando nisso. Então tô meio sumida. Sumi de mim. Tô me reconhecendo, ainda. Mal sabia o que era antes, e agora, o que sou? Só sei que estou em transformação. Mais nada. Não sei sequer de fato, aonde isso vai me levar.

Como meu lado filosófico sempre foi muito criticado e ele está voltando com tudo, tenho um medo aqui, fico esperando ler o "chata", sabe? Já quis ir pra outro blog, do zero. Mas se eu não conseguir encarar o meu leitor, o mundo virtual, como vou encarar o resto do mundo?

Eu sei que nem todos gostam de questionar o mundo. Mas eu questiono tudo desde sempre. Eu sempre questionei as regras, as fantasias, meus pais (isso desde criança). Então eu não sei não questionar. E nesse processo em aceitar e ser quem eu sou, envolve aceitar de volta meu jeito de ser com o mundo. Eu filosofo mesmo e a verdade é que não é apenas nas horas vagas, é o tempo todo. Eu olho pra uma parede e viajo imaginando em quem a pintou, de onde a tinta veio, quem escolheu a cor... o mundo é um local onde a cada olhar, eu interpreto e sinto de um modo diferente. E eu tenho que aceitar o que eu sou, ainda mais essa parte que ficou machucada. Por isso o receio. Por isso eu sumo. Sabe aquela frase "o inferno são os outros"? Isso realmente se aplica ao meu caso. hehe

Eu sumo quando não sei lidar e preciso voltar aos eixos. Seja o que for. E dessa vez foi com o blog e com o facebook. Mas eu vou voltar. Sou filosófica sim, respeito os que não são, então caso não suporte essas viagens, eu entenderei. Pode ir, mas não precisa ofender, tá? c: Pois posts questionadores não irão faltar. E caso você ame... vamos viver isso junto! *-* hahaha

No início do blog até era assim, por sinal. hahaha O que eu não posso mais é matar uma parte tão viva em mim, uma parte que faz de mim o que eu sou. Não quero ser mais metade, quero ser inteira. E não abro mais mão. E quanto ao facebook, vou ser sincera com a amiga e dizendo que querendo que eu apareça, basta me chamar. Mas no geral, tô de saco cheio do facebook. Já escrevi dois posts sobre isso e não postei... daqui a pouco eles brotam por aqui.

Ana Lua, com carinho (voltei)
minha caverna virtual com cara nova: Ruído Artístico