Já faz um tempo que eu venho sentindo essa nostalgia. Não tem relação com as duas décadas de vida conquistadas, afinal a cada ano que se passa, significa que venci em mais 365 dias. A sensação fica marcante quando eu passo pelo primeiro grande viaduto da minha cidade. Veja bem, eu não preciso ser do interior para ter vindo de cidade pequena. A minha cidade, mesmo sendo a capital, é uma cidade pequena. Há quem diga que a nossa cidade equivale a um grande bairro do Rio de Janeiro. O que eu não duvido. Mas nem sei dizer, poucas vezes saí de Aracaju.
É engraçado quando passo pela região das novas pontes e viadutos e olho do alto, os prédios que cada vez mais tomam conta de tudo. É engraçado ver como o tempo passa, como a cidade cresce. E imagino que quando eu passar por ali daqui a dez anos, em meu próprio carro e com minha própria vida, estará sem espaço para mais nenhum prédio novo. A dualidade de sentimentos marca. A beleza e a dor de uma cidade crescer. Aquilo que foi e o que virá a ser.
A cidade que antes era tão pequena, tão desconhecida. Agora é habitada por pessoas que vieram de outras cidades e se apaixonaram por minha pequena. Aracajuano é um bicho sério, já ouvi gente dizer que nem parecemos ser nordestinos. Mas isso é pelo fato de sermos ainda como os nossos antepassados, é tudo cabra da peste. É engraçado, mas envelhecendo, eu sinto um apego ao lugar em que nasci. Eu que já desejei tanto partir, não sei se quero mais.
Fiz esse texto um tempinho atrás e deixei para publicar hoje, pois é o aniversário dela!
Fiz esse texto um tempinho atrás e deixei para publicar hoje, pois é o aniversário dela!
Aracaju completa hoje, 160 anos. Parabéns pra minha cidade linda!
Ana Lua
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