A arte de ser esquisita: não pode add no facebook

ou: sobre não saber flertar e nada relacionado ao tema
é mimimi sim, é pessoal nível pré-sal também

Nhá. 

Hoje o post eu começo assim. No penúltimo post eu fui descobrindo o que sentia e o que queria sentir ao poucos. Enquanto escrevia mesmo. Dessa vez, estou com algo me corroendo a mente e então pensei: escreva. Já usei muito a escrita para me aliviar de algum sentimento que me sufocava, agora, estou usando a escrita para me clarear a vida. 

É uma merda ser esquisita. Sou esquisita do nível "só existe em filmes". Sim. Isso mesmo. Quem me vê de fora me acha metida, mas... Não é bem isso. A pessoa me conhece, me acha normal, no início sou tímida, mal abro a boca. Passa um tempo e então vou me soltando, pareço ser excêntrica, cof cof, mas é esquisitice mesmo. Sou do tipo que é um furacão, também. Eu não sei deixar as coisas no lugar, ou pessoas, ou sentimentos. Sou do tipo que bagunça tudo, menos uma coisa, que é o motivo do post de hoje. Que não é necessariamente o título, mas vamos lá que hoje eu vou contar histórias.

Além de ser esquisita ou sou do tipo que viaja na maionese. Apesar de já ter tido várias oportunidades de "desencalhar", eu prefiro imaginar as minhas situações românticas. Sim, alguém que nega qualquer tipo de afeto como eu, sempre tem tempo para imaginar uma cena fofa e meiga com algum boy inexistente. Então quando um cara que faz o meu tipo e fala comigo eu tenho a primeira reação de que, é imaginação minha. E isso seria engraçado se não fosse trágico. Pois já aconteceu duas vezes. 

A primeira foi no teatro. A situação não era nada favorável para um boy, eu estava ansiosa, preocupada e com dor nos dóis pés por causa de um salto ridículo. E assim se deu o diálogo (com o bônus de meus pensamentos):

- Oi, sabe onde é a fila pra entrar? "por céus, ele é tão bonito..."
- Então, aquelas duas ali. (ele se calou por um momento e não parava de me olhar)
- Sim... Mas você está esperando alguém? 
- Sim. Uma amiga da minha irmã. "esse cara é burro, não é possível, claramente dá pra ver as filas..."

Mais ou menos isso. Ele deu em cima de mim e eu não percebi. Depois achei que sim, ele tinha dado. Depois achei que tinha imaginado isso. Ele falou mesmo comigo? Imaginar demais tem dessas coisas... No fim: ele era lindo, me deu mole mesmo e eu passei a conversa o achando burro e sem entender o motivo daquilo. Você que lê, deve estar entre o riso e o desespero. Pois é. O pior é que eu adorei a energia dele, mas é a vida. É a vida. Melhor, sou eu vivendo desastrosamente a vida. 

Passam-se uns tempos e eu mudei? Claro que não... É até meio ridículo eu ter coragem de expor isso em meu blog, imagina, meus parentes leem, meus amigos leem e vou postar assim mesmo. Pois todo mundo sabe que no campo do amor, eu sou uma merda.

 da saga: amiga, engole o choro

O que significa um cara olhar pra você? Quem sabe? Eu sou péssima nessas coisas. Nunca sei diferenciar. Não sei se é flerte, se não é e vira uma bagunça que eu sempre deixo pra trás. Essa é mais uma, a mais recente. Se é que em algum momento, de fato, significou alguma coisa. Não vou citar muitas características dele ou vai ficar óbvio demais. 

Dai tem um cara, popular por algo entre as meninas do meu curso. Eu nunca liguei. Mas resolvi mostrar a minha mãe, um dia, enquanto me deixava na universidade "olha mãe, tá vendo aquele menino? é ele..." e continuei explicando, minha mãe nem viu direito, enfim... Ele passou pelas catracas e então eu desci do carro. Acabou que, estávamos indo para o mesmo local. Ele, outro cara e eu. Ele olhava meio do nada pra trás, foram umas três vezes, mas ignorei. Sabe-se lá por qual motivo ele fazia isso? E segui feliz. hahaha

Chegando na biblioteca, sentei onde um grupo de um trabalho meu estava. Iríamos discutir o projeto, que foi até o da extensão que já falei tantas vezes aqui no blog. Dai ele senta em uma mesa que ficava na diagonal da que eu estava. Fiquei tipo "oxe, quanta coincidência". Só sei que toda vez que eu virava para falar com um dos membros, que estava na mesma direção dele, ele olhava. E eu fiquei desconfortável com aquilo. Mas preferi ignorar. Talvez eu estivesse falando alto, apesar de ter visto um fone por ali e um vade mecum. Nem sei se cheguei contar a alguém, não achei grande coisa. 

Na semana seguinte, ele brotou no meio de um corredor onde eu tinha duas opções: superar a minha bizarrice e voltar ou seguir adiante como uma pessoa "normal" faria. Eu juro que ele brotou, foi impressionante. Eu tive que raciocinar rapidamente e fazer uma decisão (as que citei no início do parágrafo). Escolhi a segunda e fiquei ereta. Pois eu estava morta nesse momento, derretendo de calor, com o cabelo preso, com uma preguiça de viver. O boy encarou e eu dei uma olhada de lado rapidamente (lembre que sou tímida) e percebi que, da vez anterior, tinha sido mais do que real.

quando vou parar de errar? está no meu top 3...

Mas depois, óbvio, comecei a achar desculpas. Que não, ele olhou pois achou que eu que o perseguia e qualquer coisa mais louca. Depois veio a ideia de "add no facebook". Mas que merda de invenção, add no facebook soa horrível. Pra mim, facebook não é local de adicionar qualquer pessoa. Sabe? Apesar de usar pouco, eu vejo as redes sociais de forma diferenciada. Não é o início de uma relação, mas o meio. Eu adiciono alguém depois que solidifico a relação com ela. Add ele seria tipo "oi, quero você". Não sou assim direta com alguém que não sei o que de fato pensa de mim... 

Ao mesmo tempo que quero tanto, não quero. Culpo o meu vênus retrógrado no mapa natal. Justifico com a esquisitice. Enquanto as pessoas dizem "é apenas um botão". Mão não sei ver dessa forma superficial. Só consigo pensar e sentir de forma mais profunda... Não é apenas add. Só sei que são essas as minhas últimas histórias. Então eu até poderia, mas não vou add no face. Não vou pois tenho medo de um botão. Pois tenho medo da rejeição. E até se eu for aceita e ganhar um oi, bem, eu também não sei que raios faria para seguir adiante com isso. 

Acho meu eu pessoal melhor do que o virtual. Eu sei que as pessoas adoram ser o que são no mundo virtual, que se sentem protegidas e seguras... mas eu não sou assim. Sinto que me expresso melhor pessoalmente, por mais que seja desastroso. E isso vem de anos ouvindo "você é complicada" ou me metendo em complicações por ser mal interpretada. Talvez eu devesse tomar uma dose de coragem, mas isso não se vende. Talvez eu devesse aceitar que algumas pessoas me acham interessantes e não ficar achando desculpas para viver algo assim. Mas ainda não consegui superar isso, por mais que eu trabalhe duro nisso. Já me amo, mas ainda não aceito muito bem a ideia que outras pessoas podem me "amar" ou amar ou gostar. Por isso amo MMFD. Enfim... Encerro por aqui. Espero em breve voltar com um post onde eu descreva como isso foi superado. Pois no momento? Tá foda.

Ana Lua, com amor e transbordando mimimi e esquisitice
por isso que faço parte da comunidade mais melosa do mundo: Ruído Artístico

4 comentários:

  1. Oi Lua, confesso que ri com algumas partes haha
    Assim como você também não sei identificar uma situação onde o cara está flertando, tudo passa despercebido por mim.
    Não sou boa em falar sobre o boy magia, mas sobre add no facebook talvez seja uma boa ideia, é sempre bom arriscar, e melhor ainda saber que você pelo menos tentou (pelo menos funcionou uma vez comigo!). É aquela coisa de seguir o que o coração manda! Então boa sorte com seu mino, estou na torcida por você rs.
    E ah, obrigada pelas dicas sobre gatos, vou tentar castrar o meu assim que der! ☺
    Uma boa semana pra você, xo ♥

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    1. Que bom! hahaha Pois minhas amigas já estão é putas da vida comigo. hauahuahuha
      Ah sim, pena que sou péssima pra ouvir o pobre do coração... Sou um horror total, dá até pra virar filme a minha "vida amorosa". hehe
      Obrigada! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
      Por nada. Sim... Gato no cio é uma loucura! hauahuaha
      Obrigada, Ka! ^.^

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  2. Eu também tô no grupo. Dos esquisitos.

    Foi impressionante a forma como eu me identifiquei com inúmeras passagens do seu texto. Eu também já tive muitas oportunidades para "desencalhar", mas sei lá, quero algo mais, não quero estar junto com alguém só para matar carência ou o que for (falei sobre isso nesse texto: http://www.ounicojeito.com.br/2014/09/080914.html). Também não vejo muito graça em "ficar por ficar". É complicado... Tipo, acho que para você ficar com alguém tem que ter atração, e você pode pensar "Ok, isso é meio óbvio", e eu rebato: não! Não é tão óbvio! Óbvio seria se atrair apenas pela aparência, mas o que me atrai, de verdade, de verdade mesmo, é o jeito da pessoa. Percebe como é foda? Eu meio que fico esperando alguém cujo jeito possa me atrair e que possa, simultaneamente, gostar de mim. Uma coisa nunca vem acompanhada da outra, é incrível. O resultado disso é a alonice da vida, mas eu nem reclamo muito porque 1. estou em ano de vestibular, de modo que me privar de distrações apaixonadas tem sido ótimo e 2. é uma decisão minha, e da última vez que fugi dos conceitos que regem minhas decisões para me sentir "parte", "adolescente", me senti mais alienígena que o normal.

    Acho que eu fiquei na paquera com um cara que encontro no caminho para meu ponto de ônibus por um bom tempo, ele olhando para mim, eu olhando para ele, eu acreditando que ele só estava olhando para mim porque eu estava olhando para ele, até que resolvi ir até o Face para confirmar se o nome dele era o mesmo que eu achava que era (moro numa cidade pequena, então sempre há uma breve noção sobre o nome das pessoas), e... resultado? Fucei na timeline do garoto, concluí que somos COMPLETAMENTE diferentes e desencanei. Simples e complicado assim.

    Sabe, Ana... o universo não vai com a nossa cara. E foi a gente que provocou essa antipatia, hahaha!

    p.s: se eu tivesse fuçado no Face do garoto e descoberto que "Nossa! Fomos feitos um para o outro!", eu também não teria adicionado-o. Não curto redes sociais. O que eu faria é tentar evoluir dos olhares para um cumprimento, do cumprimento para uma conversa, da conversa para, quem sabe, uma saída. A vida real é mais legal e mais instigante que a virtual.

    p.s.s.: seu novo blog é perfeito! Já tinha visitado seu cantinho, só não havia deixado um comentário ainda porque minha rotina está uma correria só...

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    1. OH céus. Se identificou? hahaha Não consigo ficar exatamente feliz por isso. É uma posição difícil de se ter hoje em dia. As pessoas não entendem. Tem amigo que diz "vou achar um boy pra você", mas o problema não é esse, homem tem. Problema é que a maioria não me interessa e quando me interessa eu não sei como reagir... E realmente, já fazendo uma conexão com seu texto, é o ó as pessoas achando que você sofre por estar "encalhada". Quer dizer, é uma opção. Tem gente que não sabe ficar sem alguém, mas nós sabemos, obrigada. HAHAHA (mereceu ser maiúsculo)

      Somado a isso, eu realmente nunca levei jeito para a coisa. Ainda mais como funciona nos dias de hoje... Quando penso que um cara quer conhecer, possivelmente, primeiro a minha língua do que eu penso um pouco do mundo, eu fico frustrada. Não consigo me imaginar fazendo isso com alguém que eu desconheço ou apenas sei o nome. Talvez seja tosco, mas pra mim, as coisas precisam sim, ter um significado. Não consigo fazer algo só para saber que estou fazendo. Meus amigos adoram dizer que sou "gay" ou brega. Mas sou feliz assim!

      Não é bem o Universo... É como os casos amorosos funcionam por aqui. E funcionamos de maneira bem diferente. O que acaba fazendo com que a sua frase se aplique ao nosso caso... '-' Aquela coisa, não é você que ignora o mundo, é o mundo que te ignora. Por mais que pareça ser o contrário. No momento que nos opomos ao "normal" por ser quem somos, já estamos provocando isso... Seria engraçado se não fosse trágico.

      AH! Eu tinha lido esse texto, já. Apenas não comentei. :c E claro, me vi demais nele. É um texto de utilidade pública. É bom saber que não é só você que se sente assim, né? No país da paixão, do carnaval, da pegação, ser de modo contrário é ofensivo para muitos. Quantas mentiras já não contei de ficadas para me sentir melhor ou para evitar a pressão de ser mais solta? Putz...

      p.s.: concordo. Também não gosto de redes sociais de forma geral. Acho que o pessoal é sempre melhor, ainda mais em casos assim, amorosos. hahaha Nada como um "olhos nos olhos, quero ver o que você faz". *-* Saudades da época romântica, saudades. As pessoas esqueceram de como é bom conversar, conhecer o outro.

      p.s.s.: obrigaaaadaaaa! s2 Já fiz terceiro ano, sei como funciona... hehe Boa sorte com os estudos! :3 obrigada pela visita! ~

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Comenta com carinho. *3* hahaha